domingo, 27 de novembro de 2016

Religião vs Ciência: um debate que não se esgota


A religião é considerada um tema importante para as mais diversas civilizações em todos os períodos da história, independentemente das localizações geográficas ou mesmo raças. Ao avaliarmos o papel dessas crenças e seus reflexos na sociedade, chegamos à conclusão de que as mesmas têm potencial de transformar ordens sociais em diversas esferas, o que pode ser comprovado pelas várias culturas até então vigentes.
Ao analisarmos fatos históricos sobre a Antiga Mesopotâmia, conclui-se que as cidades-estados eram caracterizadas por sua autonomia e organização, politeístas, criam em diversas divindades encontradas nas mais variadas formas – podendo ser figuras humanas ou até mesmo elementos da natureza. Podemos citar Ishtar como exemplo de um Deus (da guerra e do amor). Contudo, após persas e egípcios dominarem a Mesopotâmia durante 400 anos, o sincretismo de culturas proporcionou o surgimento de novas expressões literárias, priorizando a ética e a moral às revelações e profecias religiosas. Poderia, portanto, considerar a religião um empecilho para o desenvolvimento humano?
Baptista Mondin afirma que a religião foi criada pelo homem com o intuito de satisfazer necessidades pessoais/sentimentais, como a carência e solidão, as quais são supridas pela idealização de um ser superior que olha e cuida de seus fiéis. Além disso, a sociedade se vale de princípios e valores morais religiosos para se estruturar, a partir do momento em que a vida após a morte dependerá única e exclusivamente dos atos de cada indivíduo, guiando assim a ética do grupo social. Outro exemplo de influência relativamente positiva da religião na sociedade é o islamismo. Criada por Maomé, este se inspirou na união judaica e cristã, as quais eram monoteístas com o objetivo de unir os povos árabes por meio da religião,  de forma a irrelevar suas adversidades políticas.
 Entretanto, na Europa do século XIV, um movimento tido como “ruptura” entre religião e ciência, onde o domínio cultural, político e social da igreja passa a ser questionado, toma forma e é denominado Renascentismo. Este movimento prega a supervalorização do homem, a racionalidade e oposição ao divino e o sobrenatural. Nessa época, enquanto a Igreja enfraquecia seu domínio, houve um salto tecnológico, o que culminou a expansão marítima com a descoberta de novos continentes.  Surgiram também novas concepções sobre o universo – como o heliocentrismo proposto por Nicolau Copérnico - , havendo assim o desenvolvimento de ferramentas a fim de aprimorar os estudos acerca do mesmo. Além de outras invenções como a prensa móvel substituindo o método manuscrito, instrumentos ópticos e telescópios.
O tema ciência versus religião é de fato, polêmico, e demanda tempo para pesquisas e argumentos históricos com o fim de se formar uma opinião concreta. Mas o que se percebe de modo geral, ao decorrer dos séculos, com todos os movimentos politicamente progressistas e/ou conservadores, é que houve um desenvolvimento enquanto ambas as esferas conduziam a sociedade - embora possamos enfatizar o avanço tecnológico e filosófico ocorrido durante o período no qual a ciência se encontrava prevalecente.  Por mais que estas sejam proposições distintas, abordando pontos de vista contrários, uma é necessária à outra, mesmo que cada uma ocupe seu espaço, respeitando acima de tudo os limites entre si.


"A ciência sem a religião é manca, a religião sem a ciência é cega."
- Albert Einstein

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